Me deixa conjugar seu verbo,
Fazer parte da sua oração,
Comungar seus sonhos,
Ser sujeito do seu predicado,
Concorda comigo tanto verbal como nominalmente,
Seja artigo, adjetivo, advérbio, conjunção, interjeição, numeral, preposição, pronome ou substantivo,
Seja semântica entre o amor e ser minha,
Deixe a sintaxe da palavra solidão, ausente na nossa oração,
Seja mais que a figura dos meus pensamentos,
Faça comigo um encontro consonantal,
Junte mais que letras, una a tua vida a minha,
Sem cacofonias ou desconstruções,
Eu aposto que se tentar o oposto do medo teu de devotar-se a este amor
Irá revelar-se toda a afabilidade, benquerença e ternura que tenho por ti
E então musa deixa de lado a Quimera do teu temor e toma para si o Belerofonte do amor
Tornando assim essa sequência de palavras, no (re)começo de uma linda e louca historia
Sem ponto final e sim com uma continuação...