Sou um homem,
Sou um bicho,
Sou uma mulher
Sou uma criança
Sou a mesa e as cadeiras deste cabaré
Sou o seu amor profundo
Sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima
Mas você não deixa
Sou a sua voz que grita
Mas você não aceia
O ouvido que lhe escuta
Quando as vozes se ocultam
Nos bares,
Nas camas,
Nos lares,
Na lama.
Sou o novo
Sou o antigo
Sou o que não tem tempo
O que nem sempre esteve vivo
Mas sempre atento
O que nunca lhe fez falta
O que lhe atormenta e mata
Sou o certo
Sou o errado
Sou o que divide
O que não tem duas duas partes
Na verdade existe
Oferece a outra face
Mas não esquecem o que lhe fazem
Nos olhares,
Nas tramas,
Nos lugares,
Me ama.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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